Haja sangue!


Difícil não associar a sanguinolenta história de amor de “Django Livre” ao mais famoso casal afrodescendente dos EUA, o presidente Barack Obama e sua primeira-dama Michelle Obama. Tarantino que me perdoe, mas pegou o bonde da ascensão das minorias. Neste momento em que o primeiro afrodescendente se reelege, Quentin Tarantino cria um faroeste bem ao seu estilo com alta dose de humor e muito sangue. 

“Django Livre" tem como alvo de crítica à escravidão e já gerou polêmicas de ativistas, por exemplo, o renomado diretor negro norte-americano Spike Lee, disse que não verá o filme, pelo entendimento de que não trata o tema com o devido respeito. 

O filme também é alvo dos republicanos que há muito atacam os filmes de Tarantino devido à alta dose de violência. Mas a questão é: serão mesmo os filmes os grandes responsáveis por influenciar a onda de atentados armados nos EUA? O assunto é controverso. Pensando nisto, o Governo americano investirá US$ 10 milhões em busca de respostas.

Em janeiro deste ano o presidente Barack Obama recorreu ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos para obter mais pesquisas sobre a relação entre videogames, mídia e violência. O assunto veio à tona porque a comissão montada pelo vice-presidente, Joe Biden, uniu forças para culpar os videogames por incidentes envolvendo mortes e violência.

O mais recente de uma série de massacres com armas de fogo ocorrido nos Estados Unidos aconteceu em uma escola primária de Connecticut, onde um homem fortemente armado abriu fogo contra alunos e funcionários, matando pelo menos 26 pessoas, inclusive 20 crianças, em dezembro de 2012. O autor do massacre morreu dentro da Escola Primária Sandy Hook, em Newtown, na Costa Leste dos EUA.

Conquanto, relatório pronto ou não, a verdade, acredito, é que não podemos atribuir aos filmes a “penha” de influenciador, pois muitos destes atentados foram realizados por pessoas desequilibradas, psicóticas ou principalmente, por psicopatas. O cidadão comum em sua normalidade, que tem seu superego em pleno funcionamento, não seria capaz de tal barbárie. 

Sendo assim, a grande questão dos Estados Unidos é mesmo em relação ao desarmamento. É muito fácil comprar e manter armas de fogo nos Estados Unidos: são 310 milhões de armas não-militares que circulam pelo País, segundo pesquisa feita para o Congressional Research Service (CRS), órgão encarregado de estudos para o Congresso americano. Desse total, 114 milhões são revólveres, 110 milhões rifles e 86 milhões espingardas. O dado da pesquisa divulgada no final de 2012 é de 2009. 

Mas voltamos ao filme: genial como todos de Tarantino! Todavia, fica a reflexão: mais vale um aperto de mão na hora certa do que um rifle em punho. Para evitarmos mais mortes inocentes, uma hora alguém tem que ceder!

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