“Quem você pensa que é” ao som de um bolero?



"Você sabe com quem você está falando" ou "quem você pensa que é"? são expressões muito usuais para diminuir, menosprezar, ou intimidar um individuo interlocutor. Num País em que ainda predomina grande desigualdade social esta é a "penha" a de que levamos, ou seja, a do País do jeitinho e do "você sabe com quem está falando?"...



Somos um País extremamente desigual: Mais de 90% da população brasileira tem uma renda familiar per capita inferior a R$ 1.019,00. Segundo o último Censo e um estudo da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos) a baixa classe média tem renda familiar per capita entre R$ 291 e R$ 441; a classe média tem renda familiar per capita de R$ R$ 441 a R$ 641 e a alta classe média tem uma renda familiar per capita entre R$ 641 e R$ 1.019. Os ricos tem uma renda acima de R$ 1.019 e os muito ricos (1% da população), tem uma renda familiar per capita acima de R$ 2.480. Este 1% mais rico se apropria de cerca de 10% do PIB brasileiro, enquanto os 50% mais pobres ficam com menos de 15% do PIB brasileiro. Mas a grande questão é: Por que somos tão desiguais num País de tantas oportunidades?

Penso que a resposta seja mais um tratado ético e para respondê-la precisamos primeiro saber do que se trata a tão famosa "ética". "Ética é a parte da filosofia dedicada aos estudos dos valores morais e princípios ideais do comportamento humano. A palavra "ética" é derivada do grego ἠθικός, e significa aquilo que pertence ao ἦθος, ao caráter. Diferencia-se da moral, pois, enquanto esta se fundamenta na obediência a costumes e hábitos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar as ações morais exclusivamente pela razão”.(http://pt.wikipedia.org)

O que entendemos como “pimenta nos olhos dos outros é refresco” pode servir como um bom ditado para exemplificar o que seria a inexistência da ética, ou seja, pra mim não é bom, mas serve para você.  Ou ainda: eu fico com os lucros e ele com o trabalho “pesado”.

Neste emaranhado há também quem se diz honesto e “senta no rabo”, e sentar no rabo é a melhor tradução de demagogia e hipocrisia. Em termos de honestidade ou se é honesto ou não, não há como ser mais ou menos honesto, pois a “oportunidade faz o ladrão”, para citar outro ditado.

Entretanto, a nossa história de corrupção remonta à época da colonização, quando os colonizadores portugueses mandaram para cá, conforme o senso comum costuma dizer, a "escória" da sociedade portuguesa: prostitutas, assassinos, ladrões. 

Todavia, não podemos esquecer que o “Ouro”, o “Pau Brasil” eram traficados pela Coroa Portuguesa. E assim foi que começamos a falar errado, ou melhor, a escrever errado as nossas primeiras linhas históricas... De lá pra cá, alguma coisa mudou? Para onde se vai à moeda, Brasil?

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