COMPORTAMENTO

Preguiça, ócio, ou preguiça?

O que é preguiça?

Cientificamente é a Folivora, uma subespécie de mamíferos, da espécie Pilosa popularmente conhecidas por preguiça, bicho-preguiça, aí , aígue e cabeluda .

Bicho Preguiça
Seus dedos têm longas garras pelas quais a preguiça se pendura aos galhos das árvores, com o dorso para baixo.

Seu nome provém do metabolismo muito lento do seu organismo, responsável pelos seus movimentos extremamente lentos. Animal de pelos longos, a preguiça vive na copa das árvores de florestas tropicais, desde a América Central até o norte da Argentina. Na Mata Atlântica, a espécie se nutre dos frutos da embaúba, conhecida, por isto, como árvore-da-preguiça.

Opa, mas espera lá... É este mesmo o assunto que queremos abordar?

Tadinho do animal! Ganhou este pejorativo por motivo do seu metabolismo, mas o bichinho mesmo não tem nada de preguiçoso. E aí vem aquela velha questão: devemos tomar cuidado com os estereótipos (*) , que muitas vezes só servem para nos enganar.

Mas por que pejorativo? Pejorativo, pois se trata de um pecado capital. Oras, vejamos:
A preguiça é conceituada pela Igreja Católica como um dos sete pecados capitais, assinalado pela pessoa avessa ao trabalho, frequentemente associada ao ócio e vadiagem.

Nos livros da Bíblia não constam registro destes 7 Pecados, no entanto traz várias orientações para evitar a preguiça, principalmente no livro de Provérbios.

Mas o que a preguiça caracterizada pela pessoa que vive em estado de falta de ânimo, de esmero, de empenho, em negligência, desleixo, morosidade, lentidão e moleza, pode ter de positivo?

O Pensador de Auguste Rodin
Nada! Oras, a preguiça está associada ao ócio e... Segundo o cientista e sociólogo italiano Domenico De Masi, o ócio pode ser criativo, sendo definido por meio da interseção entre três elementos: Vendas, faculdade e raciocínio lógico, em que:

Vendas: é o comércio em si, aos ganhos necessários ao cumprimento das leis.

Faculdade: Excelente ambiente para o consumo de álcool e demais substâncias psico-ativas que podem vir a aumentar a criatividade, sobretudo quando vive-se o ócio de um sábado ou domingo de "ressaca" por exemplo.

Raciocínio lógico: é o raciocínio lógico de estudo, muito trabalho e convivência com a natureza que deve estar presente em qualquer indivíduo que se faça. É a forma de fazer a mecanização do raciocínio, dando-lhe "alma".

Portanto, ócio criativo e preguiça são coisas distintas, diferente do que se prega o senso comum. Quem disse que pensar não dá trabalho, meus amigos?

Pensar requer raciocínio, a pessoa que pensa de maneira criativa com certeza está exercitando o seu cérebro. O corpo pode até não estar em movimento, mas seus neurônios estão.

Oras, tem gente que tem preguiça até de pensar!  Não, definitivamente, este artigo não é sobre o ócio criativo.

Meus amigos, preguiça em demasia pode ser considerada problema de saúde. Olha, uma pessoa pode até estar em estado de repouso na cama por “N” razões... Todavia se este está a pensar, a planejar, a raciocinar, a traçar metas e planos sobre projetos e empreendimentos, não podemos dizer que o indivíduo é preguiçoso.

Outro equivoco é pensar que preguiça é sinônimo de descanso.  O corpo precisa de repouso, a pessoa que trabalha pesado a semana inteira e tira o fim de semana para o ócio, que não seja criativo, mas para o descanso, também não pode ser considerada preguiçosa.

Novamente, outro equivoco, uma pessoa excessivamente desanimada pode não ser preguiçosa e sim estar deprimida. Depressão é um desequilíbrio químico do cérebro. Uma pessoa deprimida precisa de ajuda média. Uma pessoa muitas vezes não consegue sair sozinha do estado de apatia no qual se encontra.

Mas existem sim os preguiçosos de plantão, aquelas pessoas que não gostam de estudar, nem trabalhar, nem se exercitar, vivem encostadas no ombro do outro. Todo mundo conhece ou já conheceu alguém assim. Contudo, devemos tomar muito cuidado com os estereótipos para não cair na velha armadilha da injustiça. Oras aqui também as aparências enganam.


(*) Estereótipos:  é a imagem preconcebida de determinada pessoa, coisa ou situação. São usados principalmente para definir e limitar pessoas ou grupo de pessoas na sociedade. Sua aceitação é ampla e culturalmente difundida no ocidente, sendo um grande motivador de preconceito e discriminação.
Conceito infundado sobre um determinado grupo social, atribuindo a todos os seres desse grupo uma característica, frequentemente depreciativa; modelo irrefletido, imagem preconcebida e sem fundamento. (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre).




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