CIÊNCIA & ECONOMIA

Seu cérebro: um computador!

A ciência que estuda o sistema nervoso: A neurociência é um ramo da biologia abrangente face o intercâmbio com outras áreas como educação, química, ciência da computação, engenharia, antropologia, linguística, matemática, medicina e disciplinas afins, filosofia, física, psicologia e economia. 

Em suma: é a ciência que estuda o funcionamento do cérebro, sendo o braço mais importante da disciplina, a neuroeconomia.

Estreitando para neuroeconomia que é o nosso assunto de hoje, traduzo: neuroeconomia significa tentar entender o processo de tomada de decisão tendo como analise o nosso cérebro, e pensando o funcionamento das economias. 

Os mecanismos para estabelecer uma relação entre a neurociência e a economia ocorreram, em grande parte, nos últimos anos, e o crescimento da neuroeconomia ainda se encontram em fase inicial.

Grande parte da moderna teoria econômica se fundamenta na ideia de que as pessoas são racionais e que, por isso, elas maximizam a própria felicidade, ou seja, tomam decisões visando, inconscientemente, estimular seu próprio bem estar. 

A revolução neuroeconômica tomou impulso muito recentemente, principalmente com a publicação, em 2010, do livro Fundamentos da Análise Neuroeconômica, do neurocientista Paul Glimcher - título reconhecidamente inspirado na obra clássica de 1947 do economista americano Paul Samuelson, Fundamentos da Análise Econômica, advento da revolução na teoria econômica.

Estreitando o assunto, Glimcher quer identificar as estruturas cerebrais que processam elementos chave da teoria da utilidade quando uma pessoa se vê diante de uma situação de incerteza: "1. valor subjetivo, 2. probabilidade, 3. o produto de valor subjetivo e probabilidade (valor subjetivo esperado) e 4. um mecanismo neurocomputacional que seleciona o elemento do conjunto de opções que tem o mais alto valor subjetivo esperado".

Outra linha de análise que animam os neurocientistas é a maneira como o cérebro lida com situações ambíguas, quando as probabilidades não são conhecidas e quando as outras informações altamente relevantes não estão disponíveis. 

Então, o que os neurociêntistas fazem é observar o cérebro das pessoas, com suas sinapses neurolágicas, mediante a tomada de decisão em que as possibilidades de escolhas, oras estão às claras, oras inconscientes, e oras tendo que lidar com o desconhecido. E aí? Como o nosso cérebro reage? Esta é a resposta que buscam nossos cientistas.

Essa pesquisa poderia nos ajudar a entender como as pessoas lidam com a incerteza e risco, por exemplo, em mercados financeiros em tempos de crise, ou simplesmente na escolha da compra de um carro.

Desde que nascemos acumulamos informações em nosso cérebro, formando um banco de dados. Evidentemente, o problema da economia é que existem tantas interpretações de qualquer crise, em geral, quantos são os economistas. Uma economia é uma estrutura notavelmente complexa e sua compreensão depende de entendermos suas leis, regulamentos, práticas e costumes comerciais e balanços, entre muitos outros detalhes importantes. Portanto, novamente, precisamos de um banco de dados.

Conquanto, a evolução da neuroeconomia está diretamente ligada à compreensão das estruturas físicas necessárias para o funcionamento do cérebro. Essas estruturas (redes de neurônios que se comunicam uns com os outros por meio de axônios e dendritos), faz referência à analogia que estabelecemos entre o cérebro e um computador (redes de transistores que se comunicam por meio de fios elétricos). A outra analogia é a economia: uma rede de pessoas que se comunicam umas com as outras por meio de conexões eletrônicas e outros tipos de ligação.

Oras, sendo assim, o desenvolvimento da ciência neuroeconômica passa pela plena compreensão destes três mecanismos: o cérebro, o computador e a economia, cujo objetivo é resolver problemas fundamentais de informação da coordenação de atividades dos neurônios, dos transistores, ou da pessoa individual. 

Rede de comunicação: revolução digital


Um bom exemplo de revolução digital é a  Bell Labs (braço de pesquisa e de desenvolvimento AT&T dos Estados Unidos), que desenvolve uma série de tecnologias consideradas revolucionárias.

A instituição criou e desenvolveu, dentre outras coisas, os primeiros satélites de comunicações, a teoria e o desenvolvimento das comunicações digitais e os primeiros sistemas de telefones celulares. O que é conhecido como dispositivo de carga acoplada (CCD, na sigla em inglês), foi criado ali e hoje constitui a base da fotografia digital. O Bell Labs também construiu o primeiro sistema de cabos de fibra óptica e posteriormente criou invenções para permitir que gigabytes de dados voassem mundo afora. Ela também revolucionou os sistemas de programação. Seus cientistas de computadores desenvolveram os sistemas Unix e C, que formam a base dos sistemas operacionais e linguagens de computador mais básicos que existem.

O que isso tem a ver com neuroeconomia? Pense você e tire suas próprias conclusões!



 




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