POLÍTICA

Plano A ou Plano B?



Olha, a vida da gente é feita de escolhas. Isso não significa necessariamente que nossas escolhas sejam frutos de raciocínio e planejamento. Muitas vezes agimos por impulso, não medimos nossas ações, não pensamos para agir ou para falar. Isso mesmo, para falar: nossas palavras tem poder.

O bom mesmo seria planejar ações e atitudes para não colhermos os frutos da nossa imprudência. É aquela velha história:  "Um homem prevenido vale por dois", e mais, "Antes um pássaro na mão do que dois voando". 

O planejamento nos previne e nos provém. Quem nunca planeja suas ações corre o risco de sempre repetir a frase: - "Não estava preparado para tais obstáculos, não tenho recursos suficientes para enfrentá-los". 

Mesmo quem planeja enfrenta dificuldades, imagine então quem não planeja...Nem sempre as coisas saem como o previsto. Planejei e deu tudo errado. Oras, cabe a mim replanejar. Deu tudo errado de novo. Opa, mas espera lá, então, será que o problema é o objetivo, o objeto em questão. Por que eu tanto replanejo e nunca dá certo? Oh! Mais sábio, aqui, seria raciocinar e abortar o plano: - "Pensando bem, realmente, me é impossível continuar".


Por isso, os mais espertos sempre contam com mais de um plano. Um exemplo: O plano da minha vida era me profissionalizar, casar novo e formar família, com no mínimo dois filhos.  Oras, não consigo encontrar um parceiro que me fará feliz. Já estou com trinta anos e até agora nada. Qual é o plano B? Meu plano B, formar, namorar, curtir a vida adoidado, viajar, adquirir patrimônio, e deixar para me casar mais velho, após os quarenta anos. Assim, mais velho, posso pensar em outro tipo de mulher e me dar bem. Talvez ao invés de uma grande paixão, uma grande companheira. E quem sabe a vida me brinda até mesmo com a grande paixão combinada com grande companheira. Estarei mais sábio para lidar com tais sentimentos. Talvez por isso mesmo o plano A não tenha dado certo, por incapacidade minha. Então, desisto do plano A e corro para o plano B.

Outro exemplo: queria seguir carreira nos esportes, mas sofri um acidente que me impossibilita, minha segunda opção era ser músico. Então, parto para o plano B. 

Olha, a vida nos cobra abrir mão dos nossos caprichos e a agir com sabedoria. Nem sempre querer é poder. Em 1985, após as Diretas Já, após enfrentar um grande período de ditadura, o país conseguiu eleger um presidente que carregava consigo nossos sonhos: Tancredo Neves. Uma fatalidade aconteceu, o presidente veio a falecer. As eleições não foram diretas, mas o povo clamava por Tancredo Neves, ganhamos José Sarney. Isso fez diferença gente? Ah! Provavelmente isso tenha feito muito diferença, cada um tem um estilo de governar, cada qual com suas prioridades.  Queríamos o plano A (presidente eleito) e levamos o plano B (o governo do vice), quem sabe o plano C (outro candidato) não teria sido melhor? Isso nunca vamos saber!


Foto: Editora Abril
Porém, após quase trinta anos, agora, de novo estamos numa encruzilhada: Mudar (Aécio Neves - PSDB) ou manter o que aí está (Dilma Rousseff - PT)? A decisão está em nossas mãos. Dessa vez, de novo enfrentamos uma fatalidade, a morte de Eduardo Campos (PSB), como num eterno retorno, porém a tragédia se deu antes da grande decisão e isso talvez tenha feito diferença, ou não. 

Mas o que está questão é: após 1985, temos a chance de eleger Aécio Neves (DNA de Tancredo), quem sabe agora mudamos de verdade, ou seja, retomamos o plano A (o Brasil que realmente queríamos)? 

Conquanto, não temos certeza de acerto, cabe a nós refletir e arriscar. Cabe a vocês e a mim escolhermos! Então, que venham as eleições de segundo turno!






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