“As aparências enganam aos que odeiam e aos que amam”.
O trabalho escravo é assunto recorrente nas discussões trabalhistas ou nas telas de cinema e televisão.
Contudo, nem tudo é o que aparenta ser. Como na música, célebre na voz
de Elis Regina: “As aparências enganam aos que odeiam e aos que amam”.
Quer um exemplo clássico? Um período obscuro da história mundial nos
mostrou como o que aparentava ser escravidão ajudou a salvar milhares de
pessoas da morte certa. Estamos falando de Oskar Schindler...
Sim, este empresário alemão escravizou
judeus. Escravizou! Todavia, também foi assim que Schindler conseguiu salvar a
vida de mais de mil judeus durante o “Holocausto” ao empregá-los, em regime de
escravidão, em sua fábrica.
A guerra, desde remotas eras, nos
mostra o que há de pior na humanidade, mas também é capaz de insuflar sentimentos
nobres nos humanos, jamais transparecidos em outras épocas.
Em Guerra e Paz, livro escrito
por Leon Tolstói, podemos observar a
trajetória de diversos personagens, entre eles os membros de famílias aristocratas russas que sofrem as
consequências da invasão do exército de Napoleão. No livro, Tolstói consegue
nos mostrar de forma nítida o preconceito e a hipocrisia da nobreza, as
tradições religiosas e a rotina de militares em período de guerra.
Mas recapitulando, falamos é de Oskar Schindler. Sendo membro do Partido Nazista, Schindler
contrariou a lógica ao salvar judeus. Sua história ganhou notoriedade no
início da Segunda Guerra Mundial, quando
este mudou-se para a Polônia a fim de ganhar dinheiro aproveitando-se da circunstância.
Foi quando abriu uma fábrica de armas esmaltadas, em Cracóvia, onde passa a
empregar trabalhadores judeus. Trabalhadores estes oriundos do Gueto de
Cracóvia.
Em março de 1943, o gueto foi desativado e seus moradores enviados para o campo de concentração de Plaszow. Porém,
os operários de Schindler trabalhavam o dia todo em sua fábrica e à noite
voltavam para Plaszow.
Já em 1944, Plaszow foi desativado,
devido ao avanço das tropas russas, isso significava mandar os seus habitantes
para outros campos de concentração onde seriam mortos. É aí que começa a nobre
trajetória de Oskar Schindler ao convencer autoridades nazistas, por meio de
suborno, que necessitava de operários judeus "especializados", criando então a
famosa “Lista de Schindler”. Os judeus desta lista foram
transferidos para a cidade de Zwittau-Brinnlitz, onde os colocou em
uma nova fábrica adquirida por ele (Brnenec).
O saldo de Oskar Schindler foi positivo : 1.200
judeus, dentre homens, mulheres e crianças escaparam de serem mortos nos campos de
concentração nazista. Fim da guerra: Schindler livra-se da prisão devido aos depoimentos dos judeus que ajudara.
Moral da história: devemos ter cuidado ao julgar situações e comportamentos. Oskar Schindler foi um exemplo vivo!
Saiba mais em: A Lista de Schindler, filme norte-americano de 1993 sobre Oskar Schindler, O filme foi dirigido por Steven Spielberg e escrito por Steven Zaillian, baseado no romance Schindler's Ark escrito por Thomas Keneally. É estrelado por Liam Neeson como Schindler, Ben Kingsleycomo o contador judeu de Schindler Itzhak Stern e Ralph Fiennes como o oficial da SS Amon Göth.
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