ECONOMIA: SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia)!
Taxa de Juros SELIC?
Tem gente que reclama: - “Puxa, o
Comitê de Política Monetária (COPOM) subiu de novo a Taxa de Juros SELIC”!
Mas será que esta pessoa sequer
ao menos sabe o que é e para que serve a Taxa de Juros SELIC?
Primeiro trata-se de um índice.
Tá, tudo bem! Mas o que é um índice?
Número índice é o quociente de
variável enfocada entre datas distintas, sejam elas temporais ou espaciais. Pode
ser uma média ponderada, um desvio padrão, ou seja, trata-se de um número
estatístico, um número percentual.
Olha, o COPOM tomou a decisão de aumentar
a taxa de juros para controlar a inflação.
Mas o que é inflação? Viram como
uma dúvida puxa a outra? Por isso, os textos de economia não são de fácil compreensão.
No economês, inflação quer dizer:
Queda do valor de mercado ou poder de compra do dinheiro. Porém, é popularmente
usada para se referir ao aumento geral dos preços.
Não significa que o produto carro
ficou mais caro, como todos pensam... Não se trata disso! Significa que o R$100,00
não vale mais R$100,00. Não foi o carro que desvalorizou, mas o dinheiro!
Mas por que o dinheiro já
não vale nada?
Para explicar vou usar um exemplo...
Exemplo: num País com inflação de
10% ao mês, um trabalhador compra sete quilos de açúcar num mês e paga R$ 10,00.
No mês seguinte, para comprar a mesma quantidade de açúcar, ele necessitará de
R$ 11,00. O custo da produção de açúcar se manteve, mas... Como o salário deste trabalhador não é reajustado mensalmente, o
poder de compra vai diminuindo. Após um ano, o salário deste trabalhador perdeu
120% do valor de compra.
Olha, o açúcar ficou mais caro,
mas o salário se manteve o mesmo. Por
quê?
Mas voltando a inflação...Podemos citar as seguintes causas
da inflação:
- Emissão exagerada e
descontrolada de dinheiro por parte do governo;
- Demanda por produtos (aumento
no consumo) maior do que a capacidade de produção do país;
- Aumento nos custos de produção
(máquinas, matéria-prima, mão-de-obra) dos produtos.
Mas o seu salário continua o
mesmo. Aumenta a taxa de juros, diminui o consumo. Fica mais difícil de pagar, pois o
produto encarece, em consequência disso há aumento da inadimplência, e com nome
sujo a pessoa não consegue crédito. Assim, se diminui o consumo e controla a
inflação!
Bom, gente, nós, os trabalhadores assalariados, somos a base e o dorso da pirâmide numa sociedade. Bem, se o
dinheiro não está ficando conosco, para onde está indo a riqueza?
Sabemos que o país, ainda colônia da
Coroa Portuguesa, contraiu dívidas com a Inglaterra. Outro ponto, foi que durante muitos anos nosso
governo pagou dividas homéricas contraídas com o Fundo Monetário Internacional
(FMI).
Com as privatizações, nosso país
abriu as portas para as empresas multinacionais, quer dizer, a empresa é da
nação, mas também é de outros países. Com isso, parte do nosso capital, com certeza,
vai para fora, certo?
O país parou de fazer dívidas? Claro que não! Parou de pagar juros? Claro que não! Os nossos credores cobram juros? Claro que sim! E que juros!
Em suma: Vivemos em constante Guerra
Cambial!
Olha aí para finalizar, um outro
conceito. Guerra Cambial.
Se é guerra é uma "GUERRA"! Precisa explicar o conceito de guerra? Acredito que deste conceito todos entendam! Então, vamos logo
ao significado da palavra composta:
Guerra cambial (também 'guerra
monetária ou guerra das moedas), é um termo recente usado para caracterizar as
políticas econômicas adotadas pelos países e blocos econômicos, a fim de
controlar e influenciar a macroeconomia por meio de sua força econômica. Um
modo considerado desleal é a utilização de uma Política monetária de taxa de
câmbio fixa, impactando diretamente nas relações de taxa de câmbio.
O termo guerra cambial vem sendo utilizado
por vários governos e economistas para expor uma suposta disputa entre os
países envolvendo suas moedas. Acredita-se que alguns países, os emergentes,
estariam “DESVALORIZANDO ARTIFICIALMENTE” suas moedas para beneficiar seus
ganhos com exportação.
Ou seja: O país cresce economicamente, o seu produto interno bruto (PIB), mas sem atingir um desenvolvimento econômico! Exportamos matéria prima, importamos produtos manufaturados,
compramos como nunca, todavia não melhoramos nosso índice de desenvolvimento humano (IDH).
E o IDH, meus amigos, é aquele índice tão
importante que mede nossa qualidade de vida, ou seja: Educação, Saúde, Habitação, Transporte, Segurança Pública, etc. etc.
Ah, mas peraí... Onde está minha cabeça? Já estava me esquecendo:
Conforme o Banco Central do Brasil o conceito de taxa Selic é:
É a taxa apurada no Selic, obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no referido sistema ou em câmaras de compensação e liquidação de ativos, na forma de operações compromissadas. Esclarecemos que, neste caso, as operações compromissadas são operações de venda de títulos com compromisso de recompra assumido pelo vendedor, concomitante com compromisso de revenda assumido pelo comprador, para liquidação no dia útil seguinte. Ressaltamos, ainda, que estão aptas a realizar operações compromissadas, por um dia útil, fundamentalmente as instituições financeiras habilitadas, tais como bancos, caixas econômicas, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários.
Mas, simplificando: A taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é um índice pelo qual as taxas de juros cobradas pelos bancos no Brasil se balizam. A taxa é uma ferramenta de política monetária utilizada pelo Banco Central do Brasil para atingir a meta das taxas de juros estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
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