COMPORTAMENTO
Carisma, o poder da paixão!
Fascínio! O meu texto é sobre carisma, mas vou falar de
fascínio. Então, meus camaradas, o que é fascínio?
Do verbo fascinar: Fascinação, Encantamento.
Consultando o Dicionário Aurélio:
Fascinar: [Do lat. Fascinare] 1. Subjugar com o olhar: A
serpente fascina sua vítima. 2. Dominar por encantamento, prender com feitiços,
dar quebranto a, enfeitiçar. 3. Atrair irresistivelmente, encantar, seduzir: “Cumpre domar Xenócrates! És bela.../ Poderás
fasciná-lo, se o quiseres!” (Olavo Bilac, Poesias, p.135) 4. Seduzir,
deslumbrar: A ciência fascina; “Luz que de tão forte ofusca e fascina.” (Padre
Antônio Vieira, Sertão Brabo, p.19).
Oras, subjugar com olhar, isto é, dominar por meio do olhar, atrair irresistivelmente por meio do olhar, encantar, seduzir...
E o que dizer de uma pessoa assim? Ah! Ao certo este sujeito
tem carisma!
E começou o texto!
Noberto Bobbio, no seu Dicionário de Política, nos diz: O conceito sociológico clássico de Carisma foi
apresentado pelo sociólogo Max Weber para caracterizar uma forma peculiar de
poder.
“Este conceito analisa a existência dos líderes, cuja a autoridade se baseia, não no caráter sagrado de uma tradição nem da legalidade ou racionalidade de uma função, mas num dom, isto é, na capacidade extraordinária que eles possuem. Estes dons excepcionais se impõem como tais no anúncio e realização de uma missão de caráter religioso, político, bélico, filantrópico, etc. Aqueles que reconhecem este dom, reconhecem igualmente o dever de seguir o chefe carismático, a quem obedecem segundo as regras que ele dita, em virtude da própria credibilidade do Carisma e não em virtude de pressões ou de cálculo. Mais, a influência do Carisma nasce e perdura, se a missão é deveras cumprida, isto é, se oferece provas eficazes e úteis capazes de robustecer a fé dos sequazes”. (Noberto Bobbio, Dicionário de Política, Volume I, p.149).
Portanto, meus amigos, segundo Max Weber, carisma é um dom, e
uma forma de poder. Bom, muito já se foi
falado sobre dom neste blogger. Sabemos que dom é uma capacidade especial inata,
isto é, já nascemos com ele. Mas, e uma forma de poder, o que é poder?
Do Dicionário Aurélio: Significado de Poder
s.m. Capacidade ou possibilidade de fazer uma coisa. /
Direito de agir, de decidir, de mandar. / Autoridade, governo de um país. /
Mandato, procuração. // Poder espiritual, o que pertence à Igreja. // Poder
temporal, o que é atribuído ao Papa como soberano territorial (por opos. ao
poder espiritual); autoridade civil. / &151; S.m.pl. Conjunto de
atribuições que alguém pode exercer em função do seu cargo: os poderes de um
embaixador. // Poderes públicos, conjunto de autoridades governamentais que
detêm o poder num país. // Poderes da República, os três poderes que compõem o
governo de uma república: legislativo, executivo e judiciário.
Capacidade ou possibilidade de fazer uma coisa, vamos bastecer
a isto! Então juntando os pontos da reta:
Carisma é um dom que capacita o indivíduo ao ato de fascinar
os outros. Mas como falamos
anteriormente neste blogger, um dom que pode ser desenvolvido, para quê? Para
multiplicar talentos.
Ora, meus caros, um carismático com certeza já nasceu com
este dom, mas só poucos desenvolvem o talento. Quem não desenvolveu ficou fadado ao “ser
simpático”.
Voltando em Max Weber, “aqueles que reconhecem este dom,
reconhecem igualmente o dever de seguir o chefe carismático, a quem obedecem
segundo as regras que ele dita, em virtude da própria credibilidade do Carisma
e não em virtude de pressões ou de cálculo”.
Olha aí, o carismático precisa de seguidores, assim como a
abelha precisa do mel. Daí a importância de desenvolver o talento, ou seja,
pensar, estudar, trabalhar, sofrer, e ser muito competente.
E mais, sendo necessários seguidores, para exercer o dom do
carisma é necessário contato social.
De acordo com os sociólogos Leopold Von Wiese e Howard Saul
Becker, os contatos sociais podem se estabelecer em bases primárias e
secundárias, sendo que:
Os contatos primários e secundários se constituem
diretamente por meio dos sentidos; indivíduos em contato primário devem
encontra-se numa proximidade física relativa, a exemplo dos “contatos face a
face” nos quais o órgão mais ativo é a visão, assim como outros tipos que
envolvem o olfato, a audição e o tato. Os contatos secundários se realizam
indiretamente e geralmente envolvem separação física, esta categoria compreende
cartas, e-mails e outros meios de comunicação.
E mais, ainda segundo estes dois sociólogos, tais contatos
primários e secundários podem gerar atração e repulsão, como nos explica o
sociólogo Fernando Henrique Cardoso, a exemplo de um contato primário:
“O que acontece quando duas pessoas estranhas se encontram? A indiferença completa é rara. A consequência habitual é um certo interesse por parte de um ou de ambos, ainda que geralmente pequeno. Este interesse é em parte condicionado por circunstâncias extrínsecas e em parte pelo comportamento e pelas qualidade das duas pessoas. Por vezes, desenvolve-se quase imediatamente um interesse extremamente intenso; por exemplo, se o amor for considerado uma inclinação, entusiasmo, ou paixão, “amor a primeira vista” não é meramente um expediente útil do novelista, mas uma experiência concreta que muitas pessoas podem testemunhar”. (Fernando Henrique Cardoso, Homem e Sociedade – Leituras Básicas de Sociologia Geral, p.142).
Entenderam o contexto?
Não???
Vou explicar!!!
Carisma gera paixão!
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