POESIA

 A Métrica da Ausência



A expectativa que não finda, O amor que na memória reside, Num espaço que o tempo dila(ta) e finda, E a dor na alma persiste.

O crescimento interrompido pela distância, É um livro de horas que não se fecha, Uma eterna, vã vigilância, Que a saudade em meu peito flecha.

Conto os dias para te ver, meu norte, Mapeando o trajeto do teu retorno, Mas a realidade é mais forte, E sigo vagando em meu transtorno.

É um amor sem medida, eu sei, Que desafia o toque, a presença, Vivendo na curva de uma lei Chamada eterna reverência à ausência.

Sei que a espera é a pisadura da paixão, A cruz que carrego por te querer, Mas em cada batida do meu coração, Eu reescrevo a promessa de te ter.

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