SEGURANÇA PÚBLICA

Será o vandalismo atual a sutil versão do terror?


Atualmente, devido aos últimos acontecimentos e as manchetes dos jornais, a palavra violência tem nos remetido a contextos de vandalismo e terrorismo! Será o vandalismo uma versão mais sutil do terrorismo?

Precisamos investigar! Primeiro: O que é vandalismo? Segundo fontes documentais, vandalismo é a maneira de agir atribuída originalmente aos vândalos, pelos romanos, em relação a destruição cruel ou deterioração de qualquer coisa bela ou venerável.

Saque de Roma pelos Vândalos em 455.
Arte de Heinrich Leutemann (c. 1860–1880) -
Fonte: Wikipédia

Mais precisamente, a palavra vandalismo tem origem aos povos bárbaros (vândalos) que invadiram e organizaram ataques contra o Império Romano.

Todavia, o termo vandalismo como sinônimo de destruição só ganhou força no final do século XVIII, por meio do bispo Henri Grégoire, que denunciou práticas de destruição de artefatos culturais como monumentos, pinturas, livros que estavam sendo deteriorados como símbolo de um ódio ao passado e presente de exploração desde o "feudalismo", durante o Reino do Terror, ou simplesmente conhecido como O Terror, na Revolução Francesa.

Pronto: Achamos uma relação histórica entre as duas palavras - Vandalismo e Terror.

Mas, para entendermos melhor: O que foi o Reino do Terror? Quem estudou história sabe que o símbolo da Revolução Francesa foi a guilhotina: "Cortem as cabeças"!

Durante esse período as garantias civis foram suspensas e o governo revolucionário, controlado pela facção da Montanha dentro do partido jacobino, perseguiu e assassinou seus adversários, cerca de 17.000 pessoas foram guilhotinadas. O Terror durou aproximadamente um ano, de meados de 1793 a meados de 1794.

Ou seja, uma revolução por meio do terror e do vandalismo! Mas o que tanto os "revolucionários" queriam?

A "esquerda" representada por grupos políticos incitou o povo humilde a pegar em armas e destruir a cultura aristocrática para tomar o poder à força da violência,  poder este que estava nas mãos da monarquia!

O lema da Revolução Francesa era:  "liberdade, igualdade e fraternidade"! Que hipocrisia, né gente? Só para eles, porque os 17.000 da monarquia estavam mortos!

Ou seja: "liberdade, igualdade e fraternidade" só para as pessoas de esquerda, para os da direita: morte! Que liberdade ideológica  é esta? Que igualdade de direitos é este? E que fraternidade é esta que mata 17.000?

Estudiosos dizem que foi uma revolução armada de baixo pra cima! Que o poder saiu da mãos da monarquia e passou para a esquerda proletariada. Até aí, tudo bem! O que não justifica é a carnificina! Vai me desculpar, mas na minha opinião, o que aconteceu na França, do século XVIII, foi revolução, mas nos moldes de um ataque terrorista com o saldo de 17.000 mortos!

Veja bem:  Não se trata apenas de escolher posições entre esquerda ou direita! O que a massa, o povo, a base, não pode e não deve é se deixar manipular por grupos extremistas, seja esquerda ou  direita, que se utilizam, hipocritamente, das fragilidades socioeconomicas do povo, para tomar o poder por meio do terror e estabelecer uma ditadura! Estes grupos não tem o genuíno compromisso político, são liderados por psicopatas!

Queda da Bastilha - Revolução Francesa. Fonte: Wikipédia
Olha, no caso da França, o argumento para a revolução era que a monarquia e a sua aristocracia oprimia os camponeses e proletários! Eles detinham o poder patriarcal, a cultura e o conhecimento, e não distribuíam este conhecimento  por meio da educação dos mais humildes! Sendo assim, as classes mais baixas da sociedade não tinham acesso a cultura e ao poder!  Por isso, estes camponeses e proletários se rebelaram, se revoltaram e tomaram o poder por meio da força bruta!

Não podemos dizer que o mesmo aconteceu com o povo bárbaro, que invadiu domínios do Império Romano e destruiu o patrimônio alheio. Na Revolução Francesa, os camponeses se rebelaram contra a monarquia que os oprimia, de novo: já os primeiros vândalos invadiam domínios do Império Romano, mataram seus homens, tomaram suas casas e destruíram seus patrimônios e bens culturais.

Ainda nos dias de hoje, as classes mais baixas não têm acesso aos bens culturais, a educação e aos serviços sociais. São demandas urgentes e representam um direito do povo!

Todavia, tendo argumento ou não, não podemos e nem devemos nos deixar levar pela violência, na guerra de todos contra todos, pois, historicamente, já sabemos que isto não termina bem!

Vândalos queimam e jogam orelhões no Rio de Janeiro (Foto: Marcos de Paula/ Estadão Conteúdo)
Infelizmente, estampam as man-chetes dos jornais brasileiros, episódios recentes de vandalismo. Aonde vamos parar? Os rebeldes da "Primavera Árabe" combatem seus ditadores, mas no Brasil não é o que acontece: Aqui vivemos em uma democracia. Nem temos argumentos para força bruta.

Voltando: Revolução Francesa, ok! Foi sim uma revolução de baixo para cima: Tá! Mas em seqüência: Quem tomou o poder na França? Napoleão Bonaparte!

Pronto: Encontramos aí os alicerces da PRIMEIRA  GUERRA MUNDIAL!

Ainda preciso dizer que numa guerra todos saem perdendo, principalmente, os mais humildes? Acho que não! Pois é, como diz o velho ditado: "A corda sempre arrebenta para o lado dos mais fracos"!

Fica o dito pelo não dito: Destruir patrimônio público e bens culturais, historicamente, é considerado sim uma vertente do terror!

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